Quero saber
se você tocou o âmago de sua tristeza, se as traições
da vida lhe ensinaram, ou se omitiu por medo de sofrer.
Quero saber
se você consegue sentar-se com as dores, minhas ou suas, sem se mexer
para escondê-las, diluí-las ou fixá-las.
Quero saber
se você pode conviver com a alegria, minha ou sua, se pode
dançar com selvageria e deixar o êxtase preenchê-lo
até o limite sem lembrar de suas limitações de ser
humano.
Não
me importa se a estória que você me conta é verdadeira.
Quero saber
se você é capaz de desapontar o outro para ser verdadeiro
para si mesmo, se pode suportar a acusação da traição
e não trair sua própria alma. |
Quero
saber se você pode ser fiel e consequentemente fidedigno.
Quero saber
se você pode enxergar a beleza mesmo que não sejam bonitos
todos os dias, e se pode perceber na sua vida a presença de
Deus.
Quero saber
se você pode viver com as falhas, suas e minhas, e ainda
estar de pé na beira do lago e gritar para o prateado da lua cheia....
Sim!
Não
me importa saber onde você mora ou quanto dinheiro tem.
Quero saber
se você pode levantar depois de uma noite de pesar e desespero, exausto,
e fazer o que tem de fazer para as crianças.
Não
me importa saber quem você é, ou como veio parar aqui. |